SUBGÊNEROS OBSCUROS...
WIP
WIP
Por Marcelo Carrard
Para inaugurar essa nova e edificante Coluna da Revista Zingu! começo com um breve texto sobre um bizarro subgênero do Cinema Exploitation, nossos queridos filmes WIP, abreviatura para Women in Prison para os desavisados. Filmes com mulheres aprisionadas, torturadas, humilhadas, violentadas são um deleite para sádicos e misóginos em geral, além de ser um fetiche para toda uma fauna de pervertidos ao redor do planeta. O isolamento dessas personagens femininas em um espaço fechado permite a exploração de inúmeras e infinitas cenas de mulheres peladas tomando banho em chuveiros coletivos, mulheres peladas em fila para o exame médico, mulheres peladas de tudo quanto é jeito. O excesso dessas seqüências de banho coletivo e exame médico são apenas o início do calvários que essas pobres fêmeas enjauladas irão passar. Sempre tem uma carcereira ou Diretora da Prisão que é lésbica e adepta do sadomasoquismo que promove inúmeras cenas de sexo onde a tortura e a humilhação estão presentes de forma efetiva. Sempre tem vários guardas homens que cuidam das mulheres aprisionadas, todos corruptos, tarados e muito escrotos que também promovem suas sessões de tortura e estupro. Sempre aparece uma protagonista que foi presa injustamente e que vai sofrer muito tadinha até o final quando ela se vinga. Tem espaço para as humilhações racistas, muitas brigas entre mulheres, o famoso catfighting que é super fetichista e tem muitos fãs ardorosos, tem sempre uma prisioneira que é dedo-duro e super filha da puta e que na maioria das vezes se dá muito mal no final do filme. Em resumo todos os filmes WIP são assim. Alguns ultra violentos e outros nem tanto. Vamos destacar algumas dessas aberrações audiovisuais que se destacaram nesse obscuro subgênero que teve seu auge na década de 70.
Começamos com o Brasil. Sim, nós temos WIP, inclusive um que é considerado o melhor já produzido até hoje. Começamos com duas produções dos anos 70: a primeira é de 1976 e se chama TORTURADAS PELO SEXO, tosqueira cometida pelo Sr Tony Vieira. Em 78 o genial Ody Fraga lança seu REFORMATÓRIO DE DEPRAVADAS, que tem como destaque a presença da iniciante Nicole Puzzi. Em 1980, surge A PRISÃO aka BARBED WIRE DOLLS de OSWALDO DE OLIVEIRA, o mesmo diretor da clássica pornochanchada “Histórias que Nossas Babás não Contavam”. Com esse filme Oliveira conseguiu a proeza de lançar o WIP mais cultuado por fãs do gênero em todo mundo, graças a dublagem em inglês. Ele também tem o mérito de ter conseguido com que esse filme fosse banido do Reino Unido, creio que é o único filme brasileiro que conquistou essa façanha. Em 82, ele retorna ao tema com o filme CURRAL DE MULHERES.
Do outro lado do mundo alguns filmes WIP se tornaram cult, como o chinês BAMBOO HOUSE OF DOLLS, 1974, de Chin Hung Kuei e JAILHOUSE 41 do japonês Shunya Ito, de 1972. Nosso querido Jesus Franco também colaborou com esse subgênero inicialmente com 99 WOMEN, que foi um aquecimento para seu exagerado e brutal BARBED WIRE DOLLS de 1975, um grande clássico do gênero, obrigatório para fãs e colecionadores.
Até diretores oscarizados já filmaram seu WIP um dia. Sim, o Sr Jonathan Demme, de O Silêncio dos Inocentes lançou em 74 seu CAGED HEAT, que é até bem interessante e estiloso. Nos EUA destacam-se também os filmes de Jack Hill: Big Doll House, 1971 e Big Bird Cage, 1972. Claro que os italianos não podiam ficar de fora e o Picareta maravilhoso BRUNO MATTEI nos brindou com seu EMANUELLE ESCAPES FROM HELL, que tem no elenco a sensacional LAURA GEMSER. Por falar em atrizes notáveis, nossa inesquecível LINDA BLAIR participou de uma dessas produções, o “singelo” SAVAGE ISLAND.
Para inaugurar essa nova e edificante Coluna da Revista Zingu! começo com um breve texto sobre um bizarro subgênero do Cinema Exploitation, nossos queridos filmes WIP, abreviatura para Women in Prison para os desavisados. Filmes com mulheres aprisionadas, torturadas, humilhadas, violentadas são um deleite para sádicos e misóginos em geral, além de ser um fetiche para toda uma fauna de pervertidos ao redor do planeta. O isolamento dessas personagens femininas em um espaço fechado permite a exploração de inúmeras e infinitas cenas de mulheres peladas tomando banho em chuveiros coletivos, mulheres peladas em fila para o exame médico, mulheres peladas de tudo quanto é jeito. O excesso dessas seqüências de banho coletivo e exame médico são apenas o início do calvários que essas pobres fêmeas enjauladas irão passar. Sempre tem uma carcereira ou Diretora da Prisão que é lésbica e adepta do sadomasoquismo que promove inúmeras cenas de sexo onde a tortura e a humilhação estão presentes de forma efetiva. Sempre tem vários guardas homens que cuidam das mulheres aprisionadas, todos corruptos, tarados e muito escrotos que também promovem suas sessões de tortura e estupro. Sempre aparece uma protagonista que foi presa injustamente e que vai sofrer muito tadinha até o final quando ela se vinga. Tem espaço para as humilhações racistas, muitas brigas entre mulheres, o famoso catfighting que é super fetichista e tem muitos fãs ardorosos, tem sempre uma prisioneira que é dedo-duro e super filha da puta e que na maioria das vezes se dá muito mal no final do filme. Em resumo todos os filmes WIP são assim. Alguns ultra violentos e outros nem tanto. Vamos destacar algumas dessas aberrações audiovisuais que se destacaram nesse obscuro subgênero que teve seu auge na década de 70.
Começamos com o Brasil. Sim, nós temos WIP, inclusive um que é considerado o melhor já produzido até hoje. Começamos com duas produções dos anos 70: a primeira é de 1976 e se chama TORTURADAS PELO SEXO, tosqueira cometida pelo Sr Tony Vieira. Em 78 o genial Ody Fraga lança seu REFORMATÓRIO DE DEPRAVADAS, que tem como destaque a presença da iniciante Nicole Puzzi. Em 1980, surge A PRISÃO aka BARBED WIRE DOLLS de OSWALDO DE OLIVEIRA, o mesmo diretor da clássica pornochanchada “Histórias que Nossas Babás não Contavam”. Com esse filme Oliveira conseguiu a proeza de lançar o WIP mais cultuado por fãs do gênero em todo mundo, graças a dublagem em inglês. Ele também tem o mérito de ter conseguido com que esse filme fosse banido do Reino Unido, creio que é o único filme brasileiro que conquistou essa façanha. Em 82, ele retorna ao tema com o filme CURRAL DE MULHERES.
Do outro lado do mundo alguns filmes WIP se tornaram cult, como o chinês BAMBOO HOUSE OF DOLLS, 1974, de Chin Hung Kuei e JAILHOUSE 41 do japonês Shunya Ito, de 1972. Nosso querido Jesus Franco também colaborou com esse subgênero inicialmente com 99 WOMEN, que foi um aquecimento para seu exagerado e brutal BARBED WIRE DOLLS de 1975, um grande clássico do gênero, obrigatório para fãs e colecionadores.Até diretores oscarizados já filmaram seu WIP um dia. Sim, o Sr Jonathan Demme, de O Silêncio dos Inocentes lançou em 74 seu CAGED HEAT, que é até bem interessante e estiloso. Nos EUA destacam-se também os filmes de Jack Hill: Big Doll House, 1971 e Big Bird Cage, 1972. Claro que os italianos não podiam ficar de fora e o Picareta maravilhoso BRUNO MATTEI nos brindou com seu EMANUELLE ESCAPES FROM HELL, que tem no elenco a sensacional LAURA GEMSER. Por falar em atrizes notáveis, nossa inesquecível LINDA BLAIR participou de uma dessas produções, o “singelo” SAVAGE ISLAND.
Um subgênero que flertou muito com os WIP é o Naziexploitation, onde também existem muitas produções onde aparecem mulheres peladas de todas as formas e em inúmeras situações. Mas só um desses filmes teve classe e categoria e foi super imitado posteriormente: SALON KITTY, 1976, de nosso adorado TINTO BRASS.
Bom, para abrir os trabalhos dessa nova Coluna ficamos por aqui. Em breve teremos reflexões cinematográficas sobre Pornochanchadas com Empregadas Domésticas, Filmes sobre mulheres violentadas que se vingam dos agressores, Filmes Nunexploitation entre outras pérolas da Sétima Arte...
Bom, para abrir os trabalhos dessa nova Coluna ficamos por aqui. Em breve teremos reflexões cinematográficas sobre Pornochanchadas com Empregadas Domésticas, Filmes sobre mulheres violentadas que se vingam dos agressores, Filmes Nunexploitation entre outras pérolas da Sétima Arte...
