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Carta ao leitor.

Rogando a Deus e mandando bala, Zingu! chega a sua décima segunda edição. Mas calma minha senhora... não estamos tentando matar ninguém, somente tentando defender a cultura nacional de forma apaixonada e verdadeira. Estamos a quase um ano no ar, batalhando pelo cinema brasileiro popular.

Na jornada desse mês, falamos de tudo (e mais um pouco) sobre o grande comediante Costinha. Pra quem curtiu ele na época ou quer conhecer mais sobre esse gigante da nossa cultura é uma grande e perfeita oportunidade. Outros personagens “marginais” da nossa cinematografia como Humberto Catalano, Wilson Grey, Rodolfo Arena e tantos outros ganharão dossiê na publicação, mais cedo ou mais tarde.

Deixando um pouco de lado os personagens brasileiros, Filipe Chamy, uma raposa em matéria de cinema europeu dedicou duas bonitas homenagens aos diretores Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman. Completando sua boa fase na revista, mandou mais duas resenhas pra nós, entre elas uma sobre “O Processo”, clássico de Orson Welles.

Uma coisa imperdível desse número 12 é o belo e extraordinário resgate que Daniel Salomão Roque faz sobre os quadrinhos do Amigo da Onça. Personagem do cartunista Péricles publicado na revista “O Cruzeiro”, que fez um fabuloso sucesso nos anos 40, 50 e 60. Se publicado em alguma publicação impressa e de circulação nacional, a matéria de Salomão mereceria prêmios de jornalismo. Por isso amigos, sigam o meu conselho: leiam o texto e confiram o talento dele.

Marcelo Carrard, especialista em cinema de gênero, também não ficou atrás, e mandou logo três textos para essa edição. Sua prospecção sobre a obra de Joe D´ Amato continua notável. Falando agora mais uma vez nos filmes caribenhos desse mestre do baixo orçamento (e muita criatividade). Na já consagrada sessão Subgêneros Obscuros, ele disseca os mundialmente famosos The Last House Movies. No Musas Eternas, ele exorciza a paixão pela atriz Ásia Argento.

No campo musical continuamos muito bem defendidos pelo soldado Domingos Ruiz Júnior. Falando sobre a cantora e compositora Dora Lopes, que compôs diversas músicas românticas para cantores tão diversos de Agnaldo Timóteo a Noite Ilustrada. Já Raphael Carneiro, nosso célebre cronista de rock internacional, eventualmente nessa edição não estará presente por questões de saúde.

Mas o primo de Raphael, Gabriel nos mandou seu texto sobre um filme de Chaplin e ainda arranjou tempo para editar essa zorra toda. O meu grande irmão de Biáfora way, Sergio Andrade separou outro texto do mestre na sua habitual e excelente coluna. Quem não ler é a mulher do padre.

A nossa única integrante feminina, Melody Westerna por sua vez não teve dúvidas: elaborou uma resenha sobre um livro do genial Ítalo Calvino. Dizem as más línguas, que a moça de óculos leu o livro em original, em italiano. Por isso, amiguinhos, também leiam o inspirado texto da moça com empenho.

Sady Baby estará na próxima Zingu!, de aniversário, aguardem ! Ah, se sobrar tempo leiam o Papo Furado que eu mesmo respondi.

Saudações mil,

Matheus Trunk,

Filho espiritual de Coriolano Rodrigo Montana e editor-chefe da Zingu!



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