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Musas Eternas...
PORQUE O QUE É BOM, É ETERNO...

Scarlett Johansson

Por Gabriel Carneiro



capa da Vanity Fair

Nos trâmites

Filha de pais separados, Scarlett Johansson nasceu em Nova York, no dia 22 de novembro de 1984. Nesse curto espaço de tempo – quase 23 anos -, a moça loira de seios fartos tornou-se uma das principais estrelas de Hollywood, e queridinha dos americanos. Foi graças à mãe Melanie, que mora em Los Angeles, que sua carreira tomou forma. Sua progenitora dedicava-se a isso, a tornar a filha um sucesso como atriz. Sua primeira aparição se deu na TV, aos oito anos, no talk-show Late Night with Conan O’Brien.

Sua carreira começou de fato em 1994, com o longa O Anjo da Guarda. Dentro do filme de Rob Reiner repleto de estrelas, fazia só mais uma personagem. Em 1995, seria a filha de Sean Connery em Justa Causa. Em 1996, ganharia seu primeiro destaque. Após Lado a lado com o Amor, estrelou o drama independente Meninas de Ninguém, o que lhe valeu uma indicação ao Independent Spirit Awards.

Viriam pequenos destaques ainda, escolhas acertadas para lhe dar notoriedade dentro do meio, mesmo que em grandes bobagens. 1997 seria o ano de Fall e do péssimo Esqueceram de Mim 3. No primeiro, é a ‘garotinha’. No segundo, não importa o que fizesse, de ter aceitado o papel vemos a necessidade de aparecer ao que fosse escalada. Em 1998, outro destaque positivo. O Encantador de Cavalos, mais um exercício tortuoso e pseudo-emotivo de Robert Redford, ganhou a Johansson vários comentários sobre sua notabilidade. Era uma criança tenra e pura num filme ‘sensível’.

Antes de estourar como atriz e gritar seu nome ao mundo em 2003, quatro filmes se seguiram e que clamaram a atenção do mundo do cinema. Em 2001, a adaptação dos quadrinhos Mundo Cão para as telonas trouxe uma divertida aventura bizarra com afiado elenco. Johansson, Thora Birch e o sempre genial Steve Buscemi encabeçam esse filme independente de humor ácido. No mesmo ano: a fábula em P&B dos irmãos Coen O Homem que Não estava Lá e o fraco Uma Rapsódia Americana. Em 2002, o terrir Malditas Aranhas! Mas mesmo que estrelasse alguns filmes cult indies, seu nome ainda era um tanto desconhecido.

E veio o ano de 2003. Uma diretora só conhecida por ser filha de uma lenda viva do cinema chama um ator decadente e uma aspirante já bem experienciada para contar uma história de amor e choques entre duas pessoas completamente diferentes no Japão. Essa diretora era Sofia Coppola, e o filme Encontros e Desencontros. Com ele, o mundo foi à loucura. O cinema independente teve nesse ano outro símbolo grandioso, com diversas premiações – incluindo quatro indicações ao Oscar -, e o filme alçou a carreira dos três. Bill Murray voltou com grande estilo, Sofia virou cult e Johansson passou a ser super celebrada. Não entrarei nos méritos da qualidade do filme ou da diretora.


Dois momentos de Encontros e Desencontros

No mesmo ano, Moça com Brinco de Pérola. Num papel mais denso e mais dramático, Scarlett se firmou com grande atriz. A musa de Vermeer se tornou a musa das platéias. Foi ignorada no Oscar por ambos, mas ganhou dupla indicação no Globo de Ouro, e se tornaria queridinha pelos próximos dois anos.

Em 2004, filmes menores se sucederam. Foram cinco deles. Entre filmes como Nota Máxima, A Falsária e Bob Esponja – O Filme, dois chamaram mais atenção. Uma Canção de Amor para Bobby Long garantiu-lhe a terceira indicação ao Globo de Ouro, e o belo Em Boa Companhia, comédia romântica atípica, fez boa bilheteria.

Para quem achou que com a fama a moça só faria um monte de porcaria, teria acertado em 2005 se só Michael Bay a tivesse dirigido. A Ilha estreou fazendo barulho, literalmente. Os diversos mega-efeitos sonoros e visuais destruíram a agradável conquista da primeira metade do filme. E constou como mais uma mancha na carreira da galante atriz. Talvez isso tenha feito com que mais que nunca Johansson se dedicasse a algo sério.

Ponto Final assinalou a primeira parceria entre ela e o cineasta Woody Allen. Allen extraiu da exuberante intérprete a sua melhor atuação. Match Point é o seu auge de sexualidade e sensualismo. No deslumbrante papel de uma amante paranóica, que cada vez pressiona mais o adúltero, ela se libera completamente, e com vigor perpassa da loucura à meiguice. Um triunfo diante do passado recente. Outra indicação ao Globo de Ouro. E é nesse filme que Johansson de fato se revela como a grande atriz que é.

Em 2006, mais três filmes. Todos boas produções. Dois com grandes diretores de tradição, e um de uma revelação que tenta se encontrar. Scarlett parece ter achado seu lugar entre os coadjuvantes, mas sempre em atuações singulares e que provocam comentários. Houve a segunda parceria com Allen, em Scoop – O Grande Furo, em que faz uma adorável e ingênua aspirante de jornalista. Houve uma parceria com Brian De Palma no neo-noir Dália Negra, e houve uma parceria com Christopher Nolan, em O Grande Truque. A doçura de Scoop é radicalmente invertida em Dália Negra, em que seu poder de convencimento e manipulação, diretamente ligada à sua sensualidade, é exalada pela atriz.


Dália Negra e Scoop - O Grande Furo.

Seu último filme permanece inédito por aqui, The Nanny Diaries, voltando a protagonizar. Entre os próximos projetos em fase de pós-produção e filmagem temos o Projeto Espanhol de Woody Allen, The Other Boleyn Girl e He’s Just Not That Into You. Outras duas produções anunciadas com seu nome são a adaptação dos quadrinhos The Spirit, e Mary Queen of Scots. Ela está cotada, também, para viver a atriz pornô Jenna Jameson numa cinebiografia.

Enquanto isso, mantém sua vida amorosa bem reservada. Muitos boatos – Benicio Del Toro e Justin Timberlake -, e alguns comprovados como Josh Hartnett, conhecido no set de Dália Negra, e o atual Ryan Reynolds. Fez também clipes musicais com Timberlake (What Goes Around) e com Bob Dylan (When the Deal Goes Down). Outra coisa. Peço aos cineastas que ouçam as palavras de Scarlett: “Tirar a roupa não me incomoda, desde que seja no roteiro certo”. A atriz também já mostrou interesse em fazê-lo num filme europeu de arte. Agora é esperar. E, de preferência, com mais uma atuação fenomenal.

Reminiscências

Scarlett Johansson é a típica gostosona, sem cair nos vulgarismos. Ignora os conceitos de dieta à risca, e não quer ser muita magra. Não vê problemas nas gordurinhas extras. É isso que faz com que caia no gosto popular. Mulher de corpo - e que corpo. Seios grandes, bumbum redondo, muitas curvas, pele bem cuidada. Além das longas e lindas madeixas douradas. Seu nariz adunco é só mais um fator positivo em sua feição, mostrando que nariz tem que combinar com o rosto e não ser pequeno.

Musa de hoje, musa de sempre, Johansson é uma mulher carnal; mulher a se possuir. Nada de delicadezas extremas. É o que Raphael Carneiro chamaria de “cavalona”, e certamente está certo. É a típica mulher que provoca a libido pelo biótipo. Pode ter seus 1,63 metros, mas isso não impede a força de seu corpo. Seus lábios carnudos não devem fazer feio. Imagino-a muito energética. Eita, mulherão!




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