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Dossiê Paulo Perdigão

NOTAS SOBRE PAULO PERDIGÃO

Por Matheus Trunk

-Paulo Perdigão nasceu em Porto Alegre, em 1939

- Como crítico cinematográfico, esteve presente em jornais como “Última Hora”, “Jornal do Brasil”, “Correio da Manhã”, “Diário de Notícias” e “O Globo”. Foi grande colaborador de cultura de revistas como “Veja”, “Manchete”, “Ele Ela”, entre outros. Teve artigos publicados na “Filme Cultura” e ainda fazia o Guia de Filmes que era editado pelo INC (Instituto Nacional de Cinema).

- Foi selecionador de filmes da Rede Globo durante trinta anos

- Mas nos meios cinematográficos, a história que se tornou mais célebre e famosa deste gaúcho é mesmo sua obsessão, paixão e vocação pelo clássico “Shane- Os Brutos Também Amam” de George Stevens.

- O crítico viu a fita oitenta e duas vezes, muitas vezes obrigando amigos e parentes a virem juntos.

- Viajou aos Estados Unidos somente para ver os sets de filmagem do filme, onde esteve quatro vezes. Trouxe para o Brasil pedras e poeira do local.

- Sobre seu filme predileto escreveu: “Western clássico — Gênese e estrutura de Shane”, reeditado em 2002 pela Rocco.

- Seu grande mestre crítico foi Antônio Moniz Viana do “Correio da Manhã”

- Seus ídolos eram Sartre, Heidegger e o jogador palmeirense Ademir da Guia.

- Se tornou amigo pessoal do craque do Palmeiras.

- Futebol é outra paixão de Perdigão. Sua fixação pela perda da Copa de 50 do Brasil pelo Uruguai fez ele fazer um livro sobre o assunto. A obra (“Anatomia de Uma Derrota”) é até hoje disputado a tapas e a ponta pés nos sebos.

- De Sartre, traduziu pela primeira vez em português “O Ser e o Nada”. Também escreveu: “Existência e Liberdade- Uma Introdução a Sartre”.

- Justino Martins, diretor e chefe de Perdigão na Manchete o classificava de “fascinante”.

- Publicou também um livro sobre os bastidores da Rádio Nacional (“No Ar- PRK- 30!”).

- Paulo Perdigão morreu em 31 de dezembro de 2006. Diversos companheiros e amigos lamentaram que sua morte não tenha ganhado grande repercussão na mídia, especialmente na Rede Globo onde trabalhou durante diversas décadas.

Bônus track: Em 1982, a emissora comprou os direitos de passar pela primeira vez na televisão brasileira o clássico “E o Vento Levou”. Antes da exibição do filme, foi exibido um documentário especial com texto de Paulo Perdigão e locução de Cid Moreira. Um enorme texto especial de Perdigão sobre o filme será publicado integralmente numa das próximas edições da Zingu!




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