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Musas Eternas Especial

OS FILMES MAIS CÉLEBRES DE RENATA FRONZI

Por Matheus Trunk

A filmografia de Renata Fronzi possuí ao todo, quase trinta longas-metragens. O auge de sua carreira foi mesmo no período das chanchadas em a atriz de origem argentina foi musa de produções da Atlântida e da Herbert Richers. Seu rosto era praticamente obrigatório em películas da dupla Ankito e Grande Othelo e do impagável humorista Zé Trindade.

Vivia-se o auge do Teatro de Revista, que tinha uma gigantesca aceitação principalmente por parte do público masculino. As vedetes da época eram grandes personalidades nacionais, revoltando as moralistas e ligas católicas. Algumas, como a carioca Angelita Martinez, despertaram paixões avassaladoras em homens como o ex-presidente João Goulart e o craque Garrincha.

Renata Fronzi era uma estrela do cinema do período e fazia parte do mesmo time de deusas que estavam Eliana Macedo, Fada Santoro, Ilka Soares, entre outras. Além de serem lindas, elas ainda tinham de cantar, interpretar e saber fazer humor. Durante os anos 70 e 80, a aparição na tela grande de Renata ficou cada vez mais rara. Nos últimos tempos, ela só aparecia em pequenas participações especiais. Algo pequeno para uma verdadeira dama do cinema nacional.

1957 - Treze Cadeiras, de Franz Eichhorn
Um dos poucos filmes de Fronzi atua ao lado do comediante Oscarito. O humorista faz um barbeiro que avisado de que sua tia deixara, ao morrer, uma grande residência no Rio de Janeiro. Lá chegando descobre que a herança se resumia a treze cadeiras. Uma das raras comédias de tons dramáticos da Atlântida que era bastante reprisada na TV Cultura.

1959 - Massagista de Madame, de Victor Lima
Impagável filme de Zé Trindade, que interpreta Polidoro, um requisitado massagista das madames da alta sociedade carioca. Sua noiva (a musa homenageada), possuí uma academia de capoeira e não gosta da profissão do noivo. Victor Lima sabia dirigir comédias carnavalescas como ninguém e merecia ser mais reconhecido pelos cinéfilos atuais.

1959 - Pistoleiro Bossa Nova, de Victor Lima
Sátira aos faroestes americanos da época. A cidade de Desespero é aterrorizada por um grupo de bandidos. Dois amigos (Ankito e Grande Othelo), que estão passando férias vão cair por acaso no pobre vilarejo. A semelhança de um deles com um justiceiro local iniciará a uma gigantesca confusão. Renata Fronzi interpreta uma garota que fica impressionada com a lenda do justiceiro e acaba namorando Ankito, pensando ser ele o verdadeiro paladino.

1960 - Marido de Mulher Boa, de J.B. Tanko
Um dos mais conhecidos filmes da dupla Fronzi-Zé Trindade. Dono de uma loja de roupas femininas, Anacleto se vê as mil confusões quando se mete a conquistador. Sua esposa tentará evitar que ele faça isso. Antológicas cenas de ciúmes de mulheres disputando Trindade, que somente exclamava: “caiu na risada, considero castigada”. Este longa resume a melhor fase do grande humorista baiano que influenciou gerações de brasileiros.

1960 - Vai Que É Mole, de J.B. Tanko
Três ladrões honestos (Ankito, Othelo e Jô Soares) saem da penitenciária tentando um grande golpe. O problema é que um deles receberá um menino órfão como herança de uma tia distante. Tentam agora não levar o menino para o mal caminho. Mais uma imperdível chanchada da Herbert Richers, que vale a pena ser vista e revista sempre.

1970 - Salário Mínimo, de Adhemar Gonzaga

Até o cinema-novista Eduardo Coutinho considera este um “filme de autor”. Última película dirigida por Adhemar Gonzaga, grande batalhador pela nossa cinematografia e padrasto de Renata. Ela faz um dos papéis principais do filme como Angelina, noiva do personagem Moreira (Geraldo Alves). Na verdade, trata-se de uma grande homenagem ao período de ouro do cinema brasileiro, contendo personagens únicos no elenco como Costinha, Wilson Grey, Chocolate, Monsueto Menezes, Jararaca e Ratinho. Toda a família da atriz estava presente no filme: sua mãe, a atriz Yolanda Fronzi e o marido César Ladeira fazem pequenas pontas.



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