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Dossiê José Mojica Marins

Depoimentos

Por Coriolano Rodrigo Montana

O Mojica sempre foi meu amigo e é até hoje. Devo conhecê-lo há uns quarenta anos, mais ou menos. Eu participei como ator do D’Gajão Mata para Vingar que ele dirigiu. Eu gostava do modo dele dirigir: é calmo, não grita. Como cineasta, ele consegue movimentar o ator muito bem. Muitos diretores gritam pra aparecer, uma coisa lamentável. Considero o D’Gajão um dos melhores filmes já feito na Boca, parece até filme americano. O produtor era o Augusto de Cervantes. O elenco era extenso: Walter Portela, Martins Neto, Virgílio Roveda, Tazan, Nivaldo Lima. O Nivaldo Lima fazia um dos bandidos e eu fazia o outro. A montagem infelizmente cortou muita coisa. Várias cenas difíceis que nós rodamos com o Mojica acabaram cortando. Tinham alguns ciganos que participaram do filme e não teve nenhum problema. Fiquei amigo deles também. Eu sempre me dei bem com o Mojica inclusive quando eu criei a associação, ele foi um dos grandes incentivadores e participa até hoje. Vou contar uma coisa: o Zé do Caixão é um personagem de terror, mas na vida real, o criador dele morre de medo de barata.

Coriolano Rodrigo Montana é ator em D’Gajão Mata para Vingar, diretor de Rodeio de Bravos e presidente da Associação São Paulo, a Cidade e o Cinema




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