Revista Zingu!

Por Rubens Ewald Filho

José Mojica Marins é uma raridade no Brasil. E até no mundo. Um original. O que faz não se parece com nada, não copia nada e, no entanto, consegue ser tanto fiel aos padrões do gênero horror, como também muito brasileiro. Muito com a cara da gente. Principalmente nos seus primeiros filmes, em que ele quebrava todas as regras porque não sabia que elas existiam. Quando aprendeu a técnica, os filmes ficaram piores e mais de sobrevivência também. O mais recente, porém, demonstrou que com boa qualidade técnica, pode fazer filmes fiéis a seu estilo. Uma pena que seu público envelheceu (não vai mais ao cinema) e sempre foi popular (e hoje não tem grana para ir ao cinema). Por isso não deu a bilheteria que devia dar.