Dossiê José Mojica Marins
Coluna do Biáfora
Por Rubem Biáfora, artigos selecionados por Sergio Andrade
Coluna do Biáfora
Mojica por Biáfora em 3 textos
Por Rubem Biáfora, artigos selecionados por Sergio Andrade
INFERNO CARNAL
“Triângulo amoroso, erotismo, ambição, traição, crime, deformação física, incêndio proposital, nova traição, ciúme, vingança, “horror” e desenlace com fiapos, entre outros, tomados de empréstimo a O Fantasma da Ópera, Double Indemnity e The Postman Always Rings Twice, além dos quadrinhos tipo “série fantástica”, amarela ou negra. Tudo para dar seguimento ao chamado “horror primitivo” de José Mojica Marins.”
*Publicado originalmente no “O Estado de S. Paulo” de 22/05/77.
PERVERSÃO
“Filme de, com e para Mojica, embora por puro sensacionalismo ele aqui não hesite em recorrer à notoriedade de Elza Leonetti do Amaral, a “milionária condenada”, aqui de cabelos pretos e bastante piorada como “tipo”. Na história, o sintomático Zé do Caixão é um poderoso comendador e sádico sexual que estupra uma menor (Nadia Destro), mutilando-a logo após e que assim mesmo compra ou consegue burlar a Justiça. Acontece porém, que ele se apaixona realmente por uma criatura que é “mais deusa que mulher” (sic), Arlete Moreira, mas esta rejeita o depravado até enlouquecê-lo a ponto de tê-lo inerme para uma vingança brutal contra todos os crimes que o tarado cometeu contra as mulheres em geral.”
*Publicado originalmente no “O Estado de S. Paulo” de 21/01/79.
MUNDO - MERCADO DO SEXO (Manchete de Jornal)
“Os alunos da escola de cinema mantida por José Mojica Marins resolveram se cotizar e produzir esta fita, cujo argumento e direção confiaram ao seu mentor. O produtor Palácios entrou com alguma espécie e também participou da sociedade. E Mojica resolveu homenagear os jornalistas (que tanto e “específico” apoio lhe têm dado) e imaginou e interpretou esta história sensacionalista de um repórter que tanto e em vão deseja conseguir um êxito nas manchetes dos jornais de sua cidade, até que, finalmente, lhe surge a oportunidade quando apanha a própria esposa em flagrante adultério e, matando-a, matando o amante e suicidando-se logo mais, transforma-se, incontinente, em manchete de jornal.”
*Publicado originalmente no “O Estado de S. Paulo” de 03/06/79.
“Triângulo amoroso, erotismo, ambição, traição, crime, deformação física, incêndio proposital, nova traição, ciúme, vingança, “horror” e desenlace com fiapos, entre outros, tomados de empréstimo a O Fantasma da Ópera, Double Indemnity e The Postman Always Rings Twice, além dos quadrinhos tipo “série fantástica”, amarela ou negra. Tudo para dar seguimento ao chamado “horror primitivo” de José Mojica Marins.”
*Publicado originalmente no “O Estado de S. Paulo” de 22/05/77.
PERVERSÃO
“Filme de, com e para Mojica, embora por puro sensacionalismo ele aqui não hesite em recorrer à notoriedade de Elza Leonetti do Amaral, a “milionária condenada”, aqui de cabelos pretos e bastante piorada como “tipo”. Na história, o sintomático Zé do Caixão é um poderoso comendador e sádico sexual que estupra uma menor (Nadia Destro), mutilando-a logo após e que assim mesmo compra ou consegue burlar a Justiça. Acontece porém, que ele se apaixona realmente por uma criatura que é “mais deusa que mulher” (sic), Arlete Moreira, mas esta rejeita o depravado até enlouquecê-lo a ponto de tê-lo inerme para uma vingança brutal contra todos os crimes que o tarado cometeu contra as mulheres em geral.”
*Publicado originalmente no “O Estado de S. Paulo” de 21/01/79.
MUNDO - MERCADO DO SEXO (Manchete de Jornal)
“Os alunos da escola de cinema mantida por José Mojica Marins resolveram se cotizar e produzir esta fita, cujo argumento e direção confiaram ao seu mentor. O produtor Palácios entrou com alguma espécie e também participou da sociedade. E Mojica resolveu homenagear os jornalistas (que tanto e “específico” apoio lhe têm dado) e imaginou e interpretou esta história sensacionalista de um repórter que tanto e em vão deseja conseguir um êxito nas manchetes dos jornais de sua cidade, até que, finalmente, lhe surge a oportunidade quando apanha a própria esposa em flagrante adultério e, matando-a, matando o amante e suicidando-se logo mais, transforma-se, incontinente, em manchete de jornal.”
*Publicado originalmente no “O Estado de S. Paulo” de 03/06/79.