Dossiê Reynaldo Paes de Barros
OUTROS FILMES QUE REYNALDO FOTOGRAFOU
Por Matheus Trunk
Como qualquer técnico dentro do cinema brasileiro, Reynaldo Paes de Barros muitas vezes precisava trabalhar em fitas de terceiros para pagar suas contas. Mesmo assim, sempre conseguiu destaque por ser um diretor de fotografia bastante diferenciado e requintado. Separei aqui alguns de seus mais importantes trabalhos como técnico na área cinematográfica durante os anos 60 e 70.
Menino de Engenho (1965) de Walter Lima Júnior
Caprichando na fotografia preto-e-branco deste autêntico clássico do Cinema Novo, Reynaldo Paes de Barros já se fazia notar por seu primeiro longa-metragem como técnico. Seu desempenho chegou a ser elogiado em uma crítica de Ely Azeredo ao filme publicado no Jornal do Brasil de 23 de agosto de 1966: “O cineasta pretendia ampliar visivelmente esta presença com um tratamento especial de laboratório que desse as imagens uma discreta coloração de álbum de família. Financeiramente, isso não foi possível. Mas, através do empreendido com o diretor de fotografia Reynaldo Barros, que se harmoniza com o estilo da direção”.
Trindad... É Meu Nome (1973) de Edward Freund
Durante muito tempo, o cinema paulista produziu inúmeros faroestes. Além de serem bons filmes, muitos conseguiam expressivas bilheterias. Este teve em seu lançamento 312.271 espectadores (segundo a revista Cinema em Close Up). Trindad (David Cardoso) é um homem que gosta de namorar qualquer tipo de mulher, e acaba sempre arranjando intrigas com os maridos traídos. Ele e seu irmão Picolino são confundidos com bandidos que estão sendo caçados pelas autoridades policiais. Edward Freund é um homem de cinema que merecia ser lembrado mais vezes.
Anjo Loiro (1973) de Alfredo Sternheim
Caprichado filme de Sternheim sobre um professor quarentão que se apaixona perdidamente pela jovem atriz Laura (Vera Fischer, no auge da beleza e da sensualidade aos 22 anos). Na pele do protagonista Armando, Mário Benvenutti tem um dos maiores desempenhos individuais de um ator na história do cinema brasileiro. Atenção nele. Além de elenco, é um filme com boa produção de Ary Fernandes e com fotografia assinada por RPB.
O Supermanso (1974) de Ary Fernandes
Engraçada comédia erótica bastante parecida com os filmes italianos do período. Filmado inteiramente no Guarujá e Santos, esta película fez grande sucesso. Dois amigos mandam as esposas de férias para a praia e preparam grandes noitadas com as mulheres da capital, mas nada dá certo. Outras situações bastante engraçadas se seguem, parecendo com as fitas de Lando Buzzanca. Embora a fita não tenha exigido muito do trabalho de Reynaldo, trata-se de um filme comercial de grande produção. Segundo o livro “Ary Fernandes: Sua Fascinante História” de Antônio Leão da Silva Neto a equipe de produção era relativamente grande para os filmes da época, com cerca de 70 pessoas.
Chão Bruto (1976) de Dionísio de Azevedo
Segundo o próprio Reynaldo Paes de Barros, trata-se do filme mais truncado que ele trabalho. Para alguns, Dionísio Azevedo era um grande ator, mas não tinha a mesma habilidade como realizador cinematográfico. Para o ator e assistente de produção nesse longa, Genésio de Carvalho, as dificuldades de produção acabaram prejudicando na carreira do filme. “Pode parecer piada, mas no “Chão Bruto” tudo dava errado. Foi filmado em Campinas de uma forma bastante arrastada”, explica ele.
OUTROS FILMES QUE REYNALDO FOTOGRAFOU
Por Matheus Trunk
Como qualquer técnico dentro do cinema brasileiro, Reynaldo Paes de Barros muitas vezes precisava trabalhar em fitas de terceiros para pagar suas contas. Mesmo assim, sempre conseguiu destaque por ser um diretor de fotografia bastante diferenciado e requintado. Separei aqui alguns de seus mais importantes trabalhos como técnico na área cinematográfica durante os anos 60 e 70.
Menino de Engenho (1965) de Walter Lima Júnior
Caprichando na fotografia preto-e-branco deste autêntico clássico do Cinema Novo, Reynaldo Paes de Barros já se fazia notar por seu primeiro longa-metragem como técnico. Seu desempenho chegou a ser elogiado em uma crítica de Ely Azeredo ao filme publicado no Jornal do Brasil de 23 de agosto de 1966: “O cineasta pretendia ampliar visivelmente esta presença com um tratamento especial de laboratório que desse as imagens uma discreta coloração de álbum de família. Financeiramente, isso não foi possível. Mas, através do empreendido com o diretor de fotografia Reynaldo Barros, que se harmoniza com o estilo da direção”.
Trindad... É Meu Nome (1973) de Edward Freund
Durante muito tempo, o cinema paulista produziu inúmeros faroestes. Além de serem bons filmes, muitos conseguiam expressivas bilheterias. Este teve em seu lançamento 312.271 espectadores (segundo a revista Cinema em Close Up). Trindad (David Cardoso) é um homem que gosta de namorar qualquer tipo de mulher, e acaba sempre arranjando intrigas com os maridos traídos. Ele e seu irmão Picolino são confundidos com bandidos que estão sendo caçados pelas autoridades policiais. Edward Freund é um homem de cinema que merecia ser lembrado mais vezes.
Anjo Loiro (1973) de Alfredo Sternheim
Caprichado filme de Sternheim sobre um professor quarentão que se apaixona perdidamente pela jovem atriz Laura (Vera Fischer, no auge da beleza e da sensualidade aos 22 anos). Na pele do protagonista Armando, Mário Benvenutti tem um dos maiores desempenhos individuais de um ator na história do cinema brasileiro. Atenção nele. Além de elenco, é um filme com boa produção de Ary Fernandes e com fotografia assinada por RPB.
O Supermanso (1974) de Ary Fernandes
Engraçada comédia erótica bastante parecida com os filmes italianos do período. Filmado inteiramente no Guarujá e Santos, esta película fez grande sucesso. Dois amigos mandam as esposas de férias para a praia e preparam grandes noitadas com as mulheres da capital, mas nada dá certo. Outras situações bastante engraçadas se seguem, parecendo com as fitas de Lando Buzzanca. Embora a fita não tenha exigido muito do trabalho de Reynaldo, trata-se de um filme comercial de grande produção. Segundo o livro “Ary Fernandes: Sua Fascinante História” de Antônio Leão da Silva Neto a equipe de produção era relativamente grande para os filmes da época, com cerca de 70 pessoas.
Chão Bruto (1976) de Dionísio de Azevedo
Segundo o próprio Reynaldo Paes de Barros, trata-se do filme mais truncado que ele trabalho. Para alguns, Dionísio Azevedo era um grande ator, mas não tinha a mesma habilidade como realizador cinematográfico. Para o ator e assistente de produção nesse longa, Genésio de Carvalho, as dificuldades de produção acabaram prejudicando na carreira do filme. “Pode parecer piada, mas no “Chão Bruto” tudo dava errado. Foi filmado em Campinas de uma forma bastante arrastada”, explica ele.