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Dossiê Cinema de Bordas

Entrevista com Petter Baiestorf

Por João Pires Neto
Imagens: Acervo pessoal de Petter Baiestorf

O cineasta catarinense Petter Baiestorf, 34, é provavelmente o mais conhecido dentre os independentes. Morador da pequena cidade no oeste de Santa Catarina, Palmitos, Baiestorf transgrediu a linguagem do cinema brasileiro ao realizar filmes debochados, políticos, com muito sexo, sangue e escatologia. Fazendo filmes desde 1993, o diretor já realizou mais de 100 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, todos com o ideal do Kanibaru Sinema – tema do livro Manifesto Canibal, escrito por ele e por Cesar Sousa.

Baiestorf é dono dos filmes mais conhecidos no cinema underground, como O Monstro Legume do Espaço, Zombio, Eles Comem Sua Carne e o recente Vadias do Sexo Sangrento. O cineasta também pode ser encontrado no site da Canibal Filmes.

Em entrevista para a Zingu!, Petter conta sobre sua carreira, sem deixar de dar pitacos no sistema de produção audiovisual brasileiro.

Zingu! - Petter, quando você descobriu que o cinema seria parte de sua vida?

Petter Baiestorf – Por volta de 1995, quando fiz O Monstro Legume do Espaço e começaram a me pagar para viajar falando das minhas produções. Tinha feito 3 outros filmes antes dele (Criaturas Hediondas, de1993; Criaturas Hediondas 2, de 1994; e Açougueiros, de 1994), e, de repente, meu quarto filme começou a ser exibido em tudo que é lugar. Comecei a viajar e ganhei muita grana com essa produção, o que acabou me motivando a fazer mais filmes e a tentar criar uma espécie de “mercado” independente de produções em vídeo. Daí em diante, a produção de filmes se tornou a minha vida, e vou seguindo com a idéia de colocar em prática minhas teorias sobre narrativa de filmes e distribuição independente.

Z - Como e quando surgiu a Canibal Filmes?

PB - Surgiu em 1991, com a edição de fanzines dedicados aos quadrinhos feitos no Brasil por desenhistas independentes. Em 1992, fiz minha primeira tentativa videográfica, com o inacabado Lixo Cerebral Vindo de Outro espaço, que até hoje continua inédito - em breve, vou disponibilizá-lo como extra, em algum futuro lançamento em DVD. Meu fanzine mais famoso foi o Arghhh, que durou 32 números e teve tiragem de mil exemplares. Uma curiosidade: a numeração de páginas ia da 32 à 64.

Z - Qual a proposta da Canibal?

PB - Quebrar com essa idéia de que filmes de gênero precisam ser feitos a partir de fórmulas; criar um mercado independente com filmes diferentes; provar que é possível fazer filmes sem grandes orçamentos e que podem ser consumidos por um público que procura por filmes diferentes. Minha idéia, hoje em dia, como realizador, é fugir dos clichês do gênero e realizar filmes completamente diferentes - mesmo que dentro de uma visão de autor que procuro fazer evoluir com o passar dos anos. Acho que desde 1997 venho testando novas formas narrativas e abordagens diferentes com roteiros absurdos/surrealistas/exagerados em todos os sentidos, mas isso não é regra. Posso seguir por qualquer caminho que achar interessante quando estiver produzindo um filme.

Z - Quais são as maiores dificuldades encontradas em fazer cinema independente no Brasil?

PB - Não suporto mais é produtor reclamando. Pega e faz, caralho! Coloca a cara para bater, e se teu trabalho for diferente/bacana, tu vai ver o resultado. Aqui todo mundo reclama e quase ninguém trabalha. Também não suporto mais produtor correndo atrás de editais para fazer filmes com grana de patrocínio. Sou mais colocar as mãos na massa e fazer.


Baiestorf ao lado de Ivan Cardoso, no Horrorcon 2

Z - Você tem outra profissão ou consegue sobreviver dos seus filmes?

PB - Além dos filmes, eu também tenho uma videolocadora. Os filmes dão dinheiro, mas prefiro colocar esse dinheiro recolhido sempre na produção de novos projetos. Como sou solteiro, não tenho filho – e nem pretendo ter -, para mim é muito fácil ficar investindo nos filmes sem a preocupação em ter ou não retorno da grana. Claro que me preocupo com o retorno, mas se um filme não der nenhum centavo também não será o fim do mundo.

Z - Qual o orçamento médio dos seus filmes?

PB - Costumo gastar entre mil e dois mil reais numa produção. Não posso gastar mais, pois o lucro se esvai. No meu último média-metragem, Vadias do Sexo Sangrento, gastei R$ 5.000,00, mas foi para garantir que ele sairia como previ no roteiro. Era um filme que eu não podia ficar improvisando e teria que seguir o roteiro literalmente, então a pré-produção foi bem mais cuidadosa. Outro detalhe é que filmamos o filme em cinco dias para não encarecer mais. Como as exibições de Vadias do Sexo Sangrento estão sendo bem positivas - o filme tem rodado em vários festivais de cinema e tem sido aplaudido em todos eles - e o DVD duplo dele está vendendo bem, já recuperei a grana investida. Mas foi um risco calculado, ao fazer o filme eu já sabia que ele renderia uma boa grana (aliás, ele continua rendendo uma boa grana).

Z - Quanto você já faturou com Vadias do Sexo Sangrento?

PB - Uns R$ 6000,00. Como o filme custou uns 5 mil para ser feito (e lançado em DVD duplo), já saiu do vermelho. Ele foi lançado em outubro de 2008, então acho que está ótimo essa conta em seis meses. Houve filmes que se pagaram mais rápidos, Arrombada já tinha se pago com ingressos de exibições em cinemas alternativos e mostras antes do lançamento em DVD. Zombio, que custou somente R$ 300,00, rendeu R$ 600,00 na primeira exibição só com venda de ingressos. Vadias do Sexo Sangrento foi lançado primeiro em DVD e não fiz exibições dele em cinemas alternativos aqui pelo sul - o forte apelo sexual do filme limitou um pouco as coisas. Quer dizer, ao mesmo tempo em que limitou, também abriu as portas para a exibição em vários festivais de cinema.


Baiestorf filmando Vadias do Sexo Sangrento

Z - Como você gasta o dinheiro da produção?

PB - No Vadias do Sexo Sangrento, por exemplo, eu gastei bastante em transporte e em pagamento dos atores/atrizes. Usei muito da grana para comodidade da equipe e dos atores envolvidos. Se fosse melhorar a parte técnica, teria gastado muito mais. Tenho que investir ainda em muitos aspectos técnicos, mas com calma. Vadias do Sexo Sangrento custou mais que os outros filmes porque todos os atores/atrizes (com exceção do Coffin Souza que é meu parceiro em todos os filmes) e técnicos envolvidos nas filmagens vieram de fora da minha região, principalmente pessoal de São Paulo e Florianópolis. Desde os anos 90, filmo com muitas pessoas de fora da minha região. Em 1998, eu filmava em Porto Alegre com pessoal de São Paulo e de diversas regiões de Santa Catarina. Como meus filmes geralmente acabam sendo meio intensos, prefiro usar pessoas que tenha mais a ver com a ideologia libertária do grupo.

Z – No princípio, como você conseguia os atores e a equipe de produção? E hoje, como é este procedimento?

PB - Os primeiros filmes fiz com amigos. Hoje em dia, tenho uma equipe pequena, porém fixa, que me acompanha nas produções desde 1995. Dependendo do orçamento que tenho na mão, contrato atrizes. Gostaria de trabalhar num nível mais profissional, mas como quero continuar sendo independente, faço tudo com calma. Atualmente, fecho várias parcerias para produzir um filme e também para distribui-los.

Z - Quais parcerias seriam essas? Com quem? Para fazer o quê?

PB - Quando lancei o livro Manifesto Canibal, a editora Achiamé entrou com 50% do orçamento e eu com os outros 50%, depois dividimos os livros meio a meio e vendeu tudo - só tenho em casa ainda alguns exemplares para imprensa. Em 1997, quando lançamos o CD com a trilha sonora do filme Caquinha Superstar a Go-Go, entrei com 34% do orçamento, a banda Trap, autora da trilha, com 33%, e a gravadora Abrigo Nuclear os 33% restantes, dividimos os mil CDS e vendeu tudo. Agora mesmo meus próximos lançamentos em DVD serão bancados 50% por mim, 50% pela gravadora Causterized Productions e a Bulhorgia Produções entrará com o serviço de autoração dos DVDs, depois dividiremos os DVDs em 3 e partir para venda. Entende? São parcerias em que o dinheiro é investido e como é uma quantia pequena paras partes envolvidas, logo se reverte em lucro. Não dá para gastar horrores, nunca, que aí o retorno do investimento não volta. Mas cada novo projeto é uma nova história.

Z - Como você escreve seus roteiros? Existe algum processo de criação especial?

PB - Sou hiper ativo. Sempre estou com idéias novas para colocar em prática. Geralmente, tenho uns 10 argumentos na cabeça e estou sempre desenvolvendo as idéias, daí sento e escrevo. Na Canibal Filmes, só filmo roteiros escritos por mim ou pelo [Cesar] Coffin Souza. Recebo alguns roteiros às vezes, mas nunca filmei porque as histórias que me enviam são normais demais e com muito clichê. Procuro exatamente o contrário, a quebra dos clichês em roteiros cada vez mais absurdos e inacreditáveis.

Z – Em média, quanto tempo levam as filmagens? E a finalização?

PB - Não gosto de demorar mais do que um mês para fazer um filme. Dois dias para escrever o roteiro, no máximo uma semana de filmagens e mais uns 5 dias para editar. Se demorar mais, gasta-se demais. Algumas produções filmo apenas em finais de semana, o que pode se estender durante meses de filmagens. Levei seis meses para concluir as filmagens do longa A Curtição do Avacalho, mas como eu não queria gastar nada ao fazer esse filme, foi o modo que encontrei para barateá-lo: ou seja, só filmar com sobras de outros filmes, utilizar amigos na produção e filmar no tempo livre desses amigos. O roteiro desse longa foi sendo reescrito no set de filmagens conforme conseguia filmar. Se no Brasil existisse uma visão mais livre de se fazer cinema, teríamos uma indústria de cinema de gênero bem criativa e espontânea, barata e lucrativa. Veja bem, não estou defendendo filme clichê aqui, estou defendendo uma forma de se fazer filmes lucrativos e criativos pro povão – que cai em outra questão: o alto preço dos ingressos de cinema em shoppings; como teríamos um cinema popular no Brasil com esses altos valores de ingressos praticados pelas redes de cinema?

Z - Que tipo de equipamento você usa?

PB - Agora estou filmando com uma filmadora digital 3CCD, mas a fotografia fica porca porque adoro o desleixo. A preguiça pode virar estética. Um dia investirei na contratação de um fotografo e de um iluminador, mas por enquanto ainda tenho uns aspectos da porquice crônica a explorar em filmes futuros.


Baiestorf e o Monstro Legume do Espaço (2)

Z - E os efeitos especiais e maquiagem, como são feitos?

PB – Estamos sempre testando diferentes materiais. Coffin Souza e Carli Bortolanza cuidam desta parte. Assim como os cortes na edição - que eu prefiro secos e grossos (risos) -, só deixo usar efeitos artesanais em meus filmes. Nunca deixei usar nenhum efeito digital ainda. Tudo isso ajuda a deixar meu estilo de filmagens cada vez mais cru, selvagem e primitivo. É uma busca incessante por uma linguagem podreira. Quero fazer sempre melhor, mas pior, entende?

Z - Como você escolhe as músicas que farão parte da trilha sonora? Elas refletem um gosto pessoal?

PB – Para as trilhas, prefiro usar bandas independentes. Meu gosto pessoal são bandas de gore grind, grindcore, crust, splatter brutal metal, psycho, entre outros. Mas geralmente coloco músicas de bandas que nem curto, mas que são independentes. Dou muito valor à produção independente brasileira e procuro sempre divulgá-la. Às vezes uso músicas velhas também.

Z – Como é a distribuição dos seus filmes?

PB - Por enquanto, eu mesmo faço a distribuição de meus filmes. Já tive vários filmes que deram um lucro absurdo. Em 1995, O Monstro Legume do Espaço vendeu mais de mil cópias. Em 1999, Zombio - que custou R$ 300,00, porque filmei com sobras de outro filme que tinha feito - rendeu uns R$ 6.000,00. O lance é saber como divulgar. Meus filmes são lucrativos para mim, mas claro que não espero nada sentado, vivo meus filmes 24 horas por dia, estou sempre viajando pelo Brasil todo colocando meus filmes em shows, mostras e festivais e vendendo filmes de mão em mão, além do correio. É trabalho duro; já faz quase 20 anos que estou nessa, é cansativo, mas um modo de manter viva minha arte. Meus dois últimos filmes, Arrombada – Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo!!! e Vadias do Sexo Sangrento já estão dando lucro.

Z - De sua extensa filmografia, quais filmes você acha que melhor representam o estilo Baiestorf de fazer cinema?

PB - Tem alguns que ficaram exatamente como eu queria que ficassem. Destacaria filmes como Gore Gore Gays (1998), Fragmentos de Uma Vida (2002), Primitivismo Kanibaru na Lama da Tecnologia catódica (2003), Que Buceta do caralho, Pobre só se Fode!!! (2007), Manifesto Canibal – O Filme (2007, baseado no meu livro Manifesto Canibal, de 2004) e meu preferido de todos, Vadias do Sexo Sangrento (2008), em que tive controle absoluto da produção e consegui misturar de maneira satisfatória filmes eróticos com gore e cinema experimental carregado de metalinguagem.

Z- Por que Vadias do Sexo Sangrento saiu do jeito que você queria?

PB - Porque fazia muito tempo, desde 2002 com o curta Não Há Encenação Hoje, passando pelo curta Palhaço Triste, de 2005, e o longa A Curtição do Avacalho, de 2006, que eu queria misturar experimentalismo com gore cafajeste extremo sem pudores, erotismo e uma narrativa dinâmica cheia de metalinguagem - e fiquei satisfeito com o resultado final alcançado com o Vadias do Sexo Sangrento e ainda mais satisfeito com a resposta do público, que tem sido fantástica. Convenhamos, não é sempre que um filme desse tipo é aplaudido em festivais de cinema ou faculdades que toparam exibi-lo. Gosto muito de misturar estilos completamente diferentes e com isso tentar achar um estilo próprio. Pretendo realizar mais exercícios nesse sentido.

Z - Quais são as suas influências cinematográficas?

PB - Cinema surrealista, cinema absurdo, cinema exagerado, cinema amador e outras manifestações selvagens. Adoro o cinema de Russ Meyer, Jesus Franco, George Kuchar, Jack Smith, Joe D’Amato, Dusan Makavejev, Koji Wakamatsu, entre outros que mais deliravam cinematograficamente do que faziam filmes para um público. Sou pelo cinema alucinado sem noção, cinema estranho que te causa estranhas sensações. Não gosto de cinema limpinho e quadrado. Cinema bom é o mau cinema.

Z – O que você acha do cinema nacional (de ontem e de hoje)?

PB - O cinema nacional de ontem é lindo. Boca do Lixo é inspiração total para mim, de Sganzerla, Candeias até o pornô explícito dos anos 80. Adoro todos os filmes. O cinema pornô brasileiro dos anos 80 tem diálogos incríveis. Sou fã de Chumbinho, Wilson Gray, Satã, Wilza Carla, Sandra Midori e por aí segue. Adoro todos esses caras que são considerados os vagabundos do cinema nacional. Do cinema de hoje, gosto para caralho da nova geração que está filmando em digital e não está presa a fórmulas. Existem muitos festivais nacionais que valem a pena serem acompanhados, como Mostra do Filme Livre, Cine Esquema Novo e a Trash de Goiânia, que sempre apresentam novos realizadores com abordagens interessantes em seus filmes. Tem muita coisa acontecendo aqui no Brasil que vai além do marasmo da Globo Filmes ou dos caras da 02 Filmes, que fazem lixo.


Baiestorf e Cesar Coffin Souza nas filmagens de Putz!

Z – Que filmes você tem assistido ultimamente?

PB - Eu assisto todo tipo de filmes, de produções amadoras até Disney, passando por pornografia barra pesada e filmes livres. Não gosto de ficar preso, minha busca é pela mistura total de gêneros.

Z - Você considera o seu cinema político?

PB - Meu cinema bebe da fonte anarquista, então creio que acabe sendo político. A filosofia anarquista me influencia muito ao escrever os filmes e pretendo continuar com esse enfoque. Também sou ateu, e o ateísmo é muito presente na minha vida pessoal e na minha obra. Como misturo tudo, fica essa salada sem nome. Acho que nesse sentido, meu cinema se aproxima muito de caras como John Waters (seus filmes mais antigos) e Dusan Makavejev e seus longas dos anos 60/70. Prefiro passar fome a ficar em cima do muro em certas questões como a política ou a religião.

Z - Por que o uso intenso de cenas fortes e escandalosas, em especial as que envolvem escatologia, estupro e afins?

PB - Porque é uma forma de narrativa que eu gosto de explorar. A violência em meus filmes sempre é absurda, extremamente absurda. Geralmente as pessoas acabam tendo que gargalhar da desgraça alheia, gosto de explorar este aspecto da psicologia humana: você ri da desgraça alheia, mas acaba pensando sobre isso depois que sai da sala de exibição. Exemplo: quando meu curta Que Buceta do Caralho, Pobre Só Se Fode!!! (2007), que é um olhar cínico/sarcástico sobre os casais brasileiros, mas que não se leva a sério em momento nenhum, foi exibido na Mostra do Filme Livre (Rio de Janeiro/RJ), causou gargalhadas no público aos montes, mas, depois da exibição, várias meninas vieram falar comigo, dizendo: “já fui casada com um filho da puta igual ao que você mostrou no filme; o cara me desgraçou e me deixou sozinha com um filho... Me vi ali no teu filme!”. É por isso que gosto de narrativas absurdas e caóticas.

Z - Se um grande estúdio se oferecesse para produzir um de seus filmes e lhe desse carta branca, você aceitaria?

PB - Não vou responder isso, ok? Só penso com os pés no chão.

Z – Quais são seus novos projetos?

PB - Já comecei, nesta semana, a trabalhar no meu novo filme. Vai se chamar Ninguém Deve Morrer, faroeste gore que se passará na região Oeste de Santa Catarina sobre o poder do facão. Um fazendeiro que ganha grana fazendo filme de zoofilia em caçada à um peão que não quis comer uma vaca em seu filme novo e o desacatou. Sinopse simples, mas vou transformar isso num arregaço baiestorfiano e (tentar) apresentar uma nova visão do homem do campo conectado aos novos tempos.




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