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Outros Lançamentos: Cinema & DVD
Por Vlademir Lazo Correa

Cinema

Almoço em Agosto
Direção: Gianni di Gregório
Pranzo di ferragosto, Itália, 2008, Imovision.

Simpático filme italiano produzido por Matteo Garrone (diretor de Gomorra), que gira em torno do tradicional feriado na Itália de 15 de agosto, para o qual Gianni, um sujeito de meia-idade em péssimas condições financeiras pensa em como se arranjará para a ceia familiar, visto que mora com a mãe viúva em Roma e está com dividas acumuladas para pagar. O jeito é aceitar uma proposta do proprietário do apartamento em que vive: se hospedar a mãe dele no feriado, perdoará parte do aluguel atrasado. Gianni concorda, e ao descobrir isso, o seu médico e um de seus amigos também lhe pedem para que fique com suas mães na mesma data, para desespero de Gianni, que em pleno feriado se torna babá de um grupo de velhas! É o tipo de filme que os italianos sempre foram especialistas em produzir, pequenas histórias em família ou entre amigos no limite do drama e da comédia, mas sem se aproximar do trágico ou do humor rasgado. O filme de Gianni di Gregório (também autor do argumento e do roteiro, além de interpretar o papel principal) não é tão inspirado quanto os bons tempos do cinema italiano, e nem possui estofo para tirar a cinematografia de seu país da UTI em que se encontra. Talvez tenha faltado mais experiência ao diretor sexagenário (é o seu primeiro trabalho na direção, depois de ter sido roteirista e assistente de Gomorra), porém é um bom programa para um feriado ou dia livre qualquer.

Arraste-me Para o Inferno
Direção: Sam Raimi
Drag Me to Hell, EUA, 2009, Universal.

O longa é o retorno de Sam Raimi aos filmes de terror, o gênero que o consagrou há mais de vinte anos. O maior mérito desse mais recente filme é buscar inspiração no visual daquele tempo, buscando resgatar uma estética oitentista que já caiu em desuso, mas que fará a alegria dos nostálgicos de plantão, com um competente simulacro de filme de horror daquela era bem parecido com o que muitos de nós crescemos assistindo na TV. É um filme narrado sem frescuras e as principais sequências de horror são sensacionais, ao mesmo tempo viscerais e confirmando a criatividade e anarquia de Rami que se perderam em alguma curva da década de 90. O que enfraquece um pouco é o argumento que se prende tão somente à funcionária do banco, que se nega a prolongar a hipoteca da casa de uma velha muito estranha – que se revela depois uma bruxa e lança uma maldição sobre a jovem. É o tipo de história de séries de terror produzidas para a televisão, e que funcionam muito bem em episódios de vinte minutos ou meia hora, mas que nem sempre se sustenta em um longa de noventa e poucos minutos. Mas fãs de filmes de terror não reclamarão, e a verdade é que Raimi deveria se dedicar com mais freqüência a esse tipo de cinema.

Brüno
Direção: Larry Charles
Idem, EUA, 2009, Sony.

Nova comédia do diretor de Borat, por sinal seguindo a trilha do sucesso anterior na tentativa de emplacar mais um êxito, contando com praticamente a mesma equipe e roteiristas, repetindo uma estrutura parecida, até mesmo com cenas que imitam as do filme de três anos atrás (como a cena de luta, que é visivelmente cópia da cena do rodeio de Borat). Quem gostou do anterior (que era bem engraçado) pode se interessar por esse de agora, mas vai agradar mesmo somente aos que simpatizarem com as estripulias do personagem central, dessa vez um repórter gay chamado Brüno (Sacha Baron Cohen), um comentarista de modas que leva seu programa de TV da Áustria para os Estados Unidos. O filme é bem frágil até mesmo como comédia, por se escorar quase que totalmente em cima da afetação do personagem, que começa com críticas ácidas ao mundo da moda, para depois se descontrolar e fazer piadinha com tudo e com todos. É claramente um quadro de um programa de TV, com algumas poucas piadas realmente boas, alternando-se com cenas absolutamente tolas que seriam dispensadas e jogadas no lixo por qualquer montador que se preze se não fossem essas cenas todas a base do amontoado deplorável que forma o filme, apostando no humor do politicamente incorreto como se algo do tipo do que é mostrado pudesse chocar hoje em dia, com tudo que já se viu e se presencia em todos os veículos de mídia.

Confissões de uma Garota de Programa
Direção: Steven Soderbergh
The Girlfriend Experience, EUA, 2009, Paris.

Mais um produto com a “assinatura” de Steven Soderbergh, que há anos vem nos entregando nulidades cinematográficas como essa (com a eventual exceção de um ou outro filme realmente interessante em sua carreira). É uma narrativa em forma de ficção, com aparência de documentário, que por vezes se aproxima da estética de alguma filmagem amadora qualquer, em torno da rotina de uma prostituta de luxo chamada Chelsea, que angaria clientes da alta classe, porém precisa lidar com o namorado personal trainer que sabe dessa sua atividade profissional, buscando então conciliar o trabalho paralelo com a sua vida particular. O tema, no máximo, renderia uma reportagem ou entrevista em algum programa de variedades na televisão, e pode agradar mais ao público masculino por causa da presença da conhecida atriz pornô Sacha Grey no papel principal, mas até nesse aspecto o filme (rodado em apenas 14 dias, em vídeo digital) desperdiça a oportunidade de ser mais interessante, com a pouca criatividade do diretor se refletindo no fraco resultado final, que só não é mais extenuante, porque o longa é oportuno o suficiente para não se estender além da curta duração de 79 minutos. Soderbergh até pouco tempo era erroneamente visto por muitos como um “autor”, mas sem nunca ter sequer esboçado um projeto autoral, dividindo a sua obra em blockbusters de algumas qualidades (no qual se encontram a maior parte dos ocasionais acertos dentro de sua filmografia, como o ótimo Out of Sight e a franquia Onze Homens e um Segredo) e os veículos como esse Confissões de uma Garota de Programa, em que geralmente com um verniz (pseudo) intelectual busca ser mais alternativo, cult e independente. Que deixe esse tipo de filme para os que realmente saibam como fazê-los.

Moscou
Direção: Eduardo Coutinho
Idem, Brasil, 2009, Videofilmes.

Mais um filme do que talvez seja o cineasta brasileiro mais consistente da atualidade. Moscou segue a linha do trabalho anterior de Eduardo Coutinho (Jogo de Cena), abandonando o formato tradicional do gênero documentário em cima de entrevistas para continuar com um novo tipo de experimento em sua carreira, uma mistura de atores e personagens no retrato de três semanas dos ensaios da peça As Três Irmãs, de Tchekhov, com o Grupo Galpão, e o diretor teatral Enrico Diaz. Com fragmentos desse processo todo, explora o limite entre o verdadeiro e o inventado, num filme construído em torno de fragmentos, com camadas superpostas dos atores fora de cena ou recitando o texto de Tchekhov - ou falando de si mesmo ou então nas oficinas ministradas por Enrico. Eduardo Coutinho está sempre querendo mover o seu filme pelo puro acaso, às vezes em cima de improvisações, e de como a montagem lida e joga com tudo isso. A conferir.

A Teta Assustada
Direção: Claudia Llosa
La Teta Asustada, Peru/Espanha, 2009, Paris.

É difícil entender o que leva um festival de grande porte (no caso, o de Berlim) a conceder o grande prêmio a uma obra de qualidade tão modesta quanto o peruano A Teta Assustada. Deixando de lado esse detalhe (que, no fim, pouco importa), trata-se de um filme que assume a sua simplicidade, não buscando camuflá-la, recorrendo a maneirismos visuais ou temáticos que poderia prejudicá-lo, tornando-o artificial, como tantos engodos cinematográficos com que nos deparamos ─ sem que, por outro lado, signifique que o filme de Claudia Llosa seja o de um acomodado estético, também não é para tanto. Corre o risco de ser tachado de sub-Lucrécia Martel (o que não seria justo para a película), um pouco por apresentar uma garota deslocada num cenário de miséria latino-americana, a história de Fausta, que tem a “teta assustada” - uma doença transmitida pelo leite materno das mulheres violadas durante a guerra do terrorismo no Peru -, ao perder a mãe, precisará dali em diante enfrentar os seus medos e saber como lidar com o seu mistério, buscando de forma um tanto quanto inusitada sufocar a sua sexualidade e se resguardar do contato com os homens. O filme flerta, de maneira bem discreta, com o realismo mágico, porém é contido e refreado ao modo de sua protagonista, perdida entre os resquícios do passado de suas ancestrais e o cotidiano do seu país. Vale uma arriscada.


DVD

O Homem Que Virou Suco
Direção: João Batista de Andrade
Idem, Brasil, 1980, Original Vídeo.

Finalmente em dvd mais um filme nacional que há muito tempo merece ser resgatado. Lançado no começo dos anos oitenta com repercussão na mídia após ganhar prêmio no Festival de Moscou (abrindo as portas do leste europeu ao cinema brasileiro), mais tarde caiu no esquecimento típico de nossa memória curta. O ponto de partida é um elemento caro à Hitchcock, o do homem errado, que tem a sua identidade confundida com a de outra pessoa e é acusado e perseguido injustamente por um crime que não cometeu, mas como a realidade brasileira é mais árdua, não se trata de um filme de suspense, mas de um drama bem-humorado que emprega uma linguagem bastante divertida e ágil, com toques de cordel, para contar a história de Deraldo, um poeta nordestino recém-chegado a São Paulo, que, confundido com um trabalhador, ao receber o prêmio de Operário-Símbolo, mata o patrão e foge. Deraldo é obrigado a abandonar o seu barraco, e para sobreviver, enfrenta o percurso típico do migrante nordestino na capital paulista, numa jornada quase épica que começa com ele trabalhando como servente numa grande construção, fazendo-o com que se identifique fortemente com o seu sósia, com quem procura se encontrar e conhecer. O Homem Que Virou Suco tem qualidades que infelizmente estão ausentes nas produções nacionais recentes que envolvem o tema da miséria, com muito bom humor e um caráter aventuresco que o torna realmente divertido, no que é auxiliado pelo tour de force que é a atuação extremamente simpática de José Dumont no papel principal (ele também interpreta o sósia). O diretor João Batista de Andrade não torna o protagonista em estereótipo de uma vitima, nem o trata com nojo ou piedade, tampouco se concentrando em teses sociais, e faz do seu filme um trabalho universal que pode ser reconhecido ou apreciado em qualquer época ou lugar, numa obra propalada às péssimas condições de existência, mas que, paradoxalmente, é cheia de vida.

Nunca Fomos Tão Felizes
Direção: Murilo Salles
Idem, Brasil, 1984, Cinema Brasil Digital.

Outro ótimo filme brasileiro da década de oitenta que está sendo lançado agora é a aclamada estréia na direção de Murilo Salles (ex-fotógrafo de filmes de Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Prates Correia e Julio Bressane, entre outros), que desde então como cineasta tem trilhado uma carreira torta, porém digna. Nunca Fomos Tão Felizes é uma história simples, mas de fortes meandros psicológicos e com o pano de um passado de lutas políticas ainda muito recente. Inspirado em um conto do escritor gaucho João Gilberto Noll, é sobre um adolescente que sempre viveu em um orfanato e recebe a notícia de que o pai vem buscá-lo, depois de tantos anos sem saber nada dele. Diante de um pai cuja origem desconhece, envolvido em atividades que ele não sabe do que trata, o garoto é instalado em um apartamento vazio na praia de Copacabana, depois de uma viagem atribulada no qual o pai se nega a contar sobre sua vida, e apenas lhe entrega uma soma em dinheiro, e diz para o filho se virar com essa quantia, para depois desaparecer novamente. A maior parte do filme se passa no apartamento que parece amplificar a angustia do rapaz em busca de respostas para a vida e para o que está acontecendo, tendo como únicas referências a presença da televisão e uma guitarra, e algumas poucas pessoas com quem cruza ao sair para a rua, entre as quais uma dançarina de boate e o vendedor de cachorro-quente no calçadão, e que no fim das contas são referências que não o levam a parte alguma. É um filme que vale muito a pena conhecer, com um ritmo primoroso e uma penetração psicológica bastante acentuada. A mesma distribuidora também está lançando outros dois bons filmes do diretor: Faca de Dois Gumes (1989) e Como Nascem os Anjos (1996).

A Paixão de Ana
Direção: Ingmar Bergman
En Passion, Suécia, 1970, Versátil Home Vídeo.

Mais um Bergman lançado pela Versátil, que está entre os menos conhecidos dele, mas dos melhores de sua carreira. Feito quando o cineasta se separava de Liv Ulmann (o que torna o seu tema ainda mais inquietante), faz parte da fase mais experimental do diretor, em que (logo após a sua Trilogia do Silêncio) realizou Persona, A Hora do Lobo, um outro filme menor, porém também de grande valor (Vergonha, o drama de guerra na filmografia do sueco) até chegar ao A Paixão de Ana, em que o foco, obviamente, recai sobre as angústias de seu exemplar alter-ego (Max von Sydox, no papel de Andreas), refugiado do mundo e de si mesmo em uma ilha como a de Faro, e passando a conviver com um casal aparentemente bem-sucedido (o frio arquiteto interpretado por Erland Josephson e sua bela e insatisfeita mulher representada por Bibi Anderson) que está acompanhado de uma amiga, Ana (Liv Ullman), viúva traumatizada com o acidente de carro em que perdera o marido e o filho. Com esta, ele passa a viver em sua modesta casa, iniciando-se daí uma série de atentados e mortes de verdade a animais ─ atribuídos a um vizinho dado como louco (Erick Hell) ─, que virão a trazer suspeitas sobre se Ana fala a verdade ou se foi causadora da tragédia que lhe abalou, esfacelando de vez as possibilidades de harmonia do casal. A Paixão de Ana segue a linha inovadora dos filmes mencionados mais acima, embora com menos experiências radicais do que Persona e A Hora do Lobo, mas com novidades como a introdução de rápidos flashs durante a narrativa, com depoimentos dos intérpretes sobre os personagens, além de um magnífico uso da cor, o que antevê a magistral fotografia do posterior Gritos e Sussurros. O dvd traz diversos extras, incluindo making of e entrevistas com os atores, e faz parte de um novo box da distribuidora, que inclui os citados A Hora do Lobo e Vergonha, e o razoável O Ovo da Serpente.

A Questão Humana
La Question Humaine, França, 2007, Imovision.

Filme que desde que foi exibido no Brasil pela primeira vez (quando ganhou o prêmio da Critica na Mostra de São Paulo em 2007) tem dividido opiniões e despertado reações controversas por parte dos cinéfilos. Num primeiro momento, pode parecer um filme pouco envolvente, por ser um trabalho tão opaco e cinzento como o mundo que espelha e representa em seu teor, à principio, ilustrativo – e, se for o caso, vale a pena insistir em lançar um olhar mais atento em direção a uma obra que vai ganhando em densidade, em aprofundamento, ao ponto de se tornar uma experiência bastante sensorial. À principio, é um thriller corporativo em torno de Simon (Matthieu Amaric), um psicólogo no departamento de recursos humanos de uma corporação petroquímica franco-alemã. Trata-se de um funcionário rigoroso e exemplar, responsável pela análise da capacidade e do rendimento de todos os empregados, inclusive, logo no começo do filme, ele é requisitado para avaliar quem deve sair, quando por contenção de despesas, a mega-empresa está prestes a despedir um determinado número de funcionários. Toda a primeira metade do filme vai preparando o terreno para a missão que o presidente da corporação entrega a Simon: investigar o seu sócio, que vem se comportando de maneira estranha, cada vez mais alheio e distante dos deveres exigidos por seu cargo. À medida que Simon avança em sua pesquisa sobre o seu superior misterioso, ele vai adentrando na intimidade de um homem melancólico, cuja tristeza contamina o investigador, abala a sua segurança e afeta sua personalidade, envolvendo-o numa história cujo controle lhe escapa ao descobrir o passado nazista do seu chefe, e por trás dele, um paralelo entre o processo eliminatório dos oficiais nazistas que enviavam os que não eram de suas raças “puras” para os campos de concentração, com o dos modernos empresários do capitalismo contemporâneo, que pautados de acordo com os interesses de rendimento máximo e do lucro pelo lucro, excluem os que são menos úteis nas engrenagens da máquina que faz o capital girar, muitas vezes empurrando esses excluídos para áreas menos nobres e periféricas dos grandes centros como uma nova forma de holocausto. A história não se trata de desvendar um mistério, punir os vilões e salvar os oprimidos, e sim sobre uma profunda crise ética de Simon, numa jornada que encontra paralelo com a de Gene Hackman no clássico A Conversação (1974). Há também uma bela história de amor dentro do filme, que é engolida pelas preocupações maiores da obra, a de Simon com uma de suas colegas na corporação, em uma relação de desencontros que tem seu ápice na rave que se dá pela metade do filme, quando começa a se quebrar a postura rígida e impecavelmente formal do protagonista. Curioso rever o filme francês na mesma semana em que assisto O Homem Que Virou Suco; dois filmes realizados em circunstâncias, lugares e épocas distintas, que são tão absolutamente diferentes que se tornam o contraste e o oposto um do outro, como os dois lados de uma temática tão universal: O Homem Que Virou Suco gira em torno de um território de excluídos, daqueles que não servem ao corporativismo e, por conta disto, são postos à margem da sociedade, enquanto que A Questão Humana é sobre aqueles que excluem e detêm todo o poder.

Van Gogh
Direção: Maurice Pialat
Idem, França, 1991, Versátil Home Vídeo.

Resnais (em um curta), Minelli e Altman fizeram filmes sobre Van Gogh, mas a melhor produção sobre o pintor holandês é de longe esse belo e rigoroso trabalho de Pialat, também um dos maiores filmes da década de 90. Não se trata de uma simples cinebiografia repleta de melodrama fácil, mas da intimidade e do cotidiano dos minuciosamente dissecados últimos dois meses da vida do personagem-título durante a sua estadia na casa do Doutor Gachet, com cuja filha se envolve em uma relação amorosa. Pialat transforma o famoso pintor em um personagem característico de sua filmografia, o do homem frágil e atormentado pelos que o cercam e o asfixiam, mas sem o tratar como um gênio injustiçado, e concentrando-se também em momentos felizes nesse final de vida do artista, sempre austero ao mesmo tempo em que movido pelos desejos de suicídio. A fotografia é de uma beleza contida, rara no cinema mais contemporâneo e os diálogos são de uma riqueza que se recusam a tecer considerações filosófico/existenciais bem como de tentar explicar ou entender a verdade por trás do mito, porque não há por parte do cineasta tentativa alguma de nos guiar a respeito do que está na tela. Um filme seco e poético, triste, porém cheio de vida. O dvd traz também um curta-metragem que Pialat dirigiu sobre Van Gogh em 1968.



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