Especial Carlos Motta
BIOGRAFIA DE CARLOS MOTTA
Por Matheus Trunk
Carlos Maximiliano Motta nasceu em 14 de junho de 1932 em Santos-SP. Se formou em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie aos 26 anos, porém nunca exerceu a profissão. Cursou o seminário de cinema no Museu de Arte de São Paulo, tendo aulas com professores como Plínio Garcia Sanchez (pai de Conrado Sanchez, dossiê da primeira edição da Zingu!), entre outros.
Começou como crítico na revista “Cena Muda” nos fins de 1953, antes portanto de concluir a faculdade de direito. Passou depois para o jornal “Shopping News” entre 1961 e 64. Entrou para o jornal “O Estado de São Paulo” em agosto de 1965, onde se consagrou e se tornou conhecido entre os fãs de cinema. Foi titular da sessão “Filmes na TV”, quando as redes de televisão exibiam grandes clássicos e não somente filmes mais comerciais. Era o braço direito de Rubem Biáfora, de quem se tornou o mais fiel seguidor. Foi responsável pela formação cinematográfica de diversas gerações de cinéfilos paulistas. A partir de 30 de janeiro de 1983, assumiu as “Indicações da Semana”, antes feita por Biáfora.
Em 1986, participou ao lado Francisco Luiz de Almeida Salles, Inácio Araújo, Jean-Claude Bernadet, Rubem Biáfora, Leon Cakoff, Heitor Capuzzo, Rubens Ewald Filho, Orlando Fassoni, Jairo Ferreira, Geraldo Mayrink, Luiz Nazário, Edmar Pereira, Luciano Ramos e Pola Vartuck da coletânea de textos “O Cinema Segundo A Crítica Paulista”. Saiu do Estadão em 1989, voltando ao jornal “Shopping News” em 92.
Esteve intimamente ligado a Rubens Ewald Filho, pois foi das anotações e arquivos pessoais de Motta (juntamente aos de Biáfora) que surgiram a base do livro “Dicionário de Cineastas” de Ewald Filho, que dedicou a obra a seus dois mestres.
Em 1967, a revista Filme Cultura elegeu o melhor filme de todos os tempos seguinte a opinião dos críticos. Motta votou em “Anjo Azul” de Von Sternberg e em “Ganga Bruta” como o melhor filme nacional. Era fã e entusiasta de cineastas diversificados como Carlos Saura, Fritz Lang, Ingmar Bergman e Fassbinder. Era também amplo conhecedor do cinema japonês (como Biáfora) e entre os brasileiros, nunca escondeu a preferência pelo mineiro Humberto Mauro.
Não foi esquecido pelo pupilo Ewald, que o levou ao site Rubens Ewald Filho e Amigos. O mesmo Rubinho confiou em seu velho mestre para a reunião de artigos e críticas de Biáfora, lançado pela Coleção Aplauso em 2006 (“A Coragem de Ser”).
Carlos Motta foi defensor de um cinema que dialogasse com o público e não panfletário, como ele dizia: “É preciso fazer filmes com temas e personagens com os quais as pessoas possam se identificar. (...) Sobre pessoas comuns que comam, durmam e vão ao banheiro”.
BIOGRAFIA DE CARLOS MOTTA
Por Matheus Trunk
Carlos Maximiliano Motta nasceu em 14 de junho de 1932 em Santos-SP. Se formou em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie aos 26 anos, porém nunca exerceu a profissão. Cursou o seminário de cinema no Museu de Arte de São Paulo, tendo aulas com professores como Plínio Garcia Sanchez (pai de Conrado Sanchez, dossiê da primeira edição da Zingu!), entre outros.
Começou como crítico na revista “Cena Muda” nos fins de 1953, antes portanto de concluir a faculdade de direito. Passou depois para o jornal “Shopping News” entre 1961 e 64. Entrou para o jornal “O Estado de São Paulo” em agosto de 1965, onde se consagrou e se tornou conhecido entre os fãs de cinema. Foi titular da sessão “Filmes na TV”, quando as redes de televisão exibiam grandes clássicos e não somente filmes mais comerciais. Era o braço direito de Rubem Biáfora, de quem se tornou o mais fiel seguidor. Foi responsável pela formação cinematográfica de diversas gerações de cinéfilos paulistas. A partir de 30 de janeiro de 1983, assumiu as “Indicações da Semana”, antes feita por Biáfora.
Em 1986, participou ao lado Francisco Luiz de Almeida Salles, Inácio Araújo, Jean-Claude Bernadet, Rubem Biáfora, Leon Cakoff, Heitor Capuzzo, Rubens Ewald Filho, Orlando Fassoni, Jairo Ferreira, Geraldo Mayrink, Luiz Nazário, Edmar Pereira, Luciano Ramos e Pola Vartuck da coletânea de textos “O Cinema Segundo A Crítica Paulista”. Saiu do Estadão em 1989, voltando ao jornal “Shopping News” em 92.
Esteve intimamente ligado a Rubens Ewald Filho, pois foi das anotações e arquivos pessoais de Motta (juntamente aos de Biáfora) que surgiram a base do livro “Dicionário de Cineastas” de Ewald Filho, que dedicou a obra a seus dois mestres.
Em 1967, a revista Filme Cultura elegeu o melhor filme de todos os tempos seguinte a opinião dos críticos. Motta votou em “Anjo Azul” de Von Sternberg e em “Ganga Bruta” como o melhor filme nacional. Era fã e entusiasta de cineastas diversificados como Carlos Saura, Fritz Lang, Ingmar Bergman e Fassbinder. Era também amplo conhecedor do cinema japonês (como Biáfora) e entre os brasileiros, nunca escondeu a preferência pelo mineiro Humberto Mauro.
Não foi esquecido pelo pupilo Ewald, que o levou ao site Rubens Ewald Filho e Amigos. O mesmo Rubinho confiou em seu velho mestre para a reunião de artigos e críticas de Biáfora, lançado pela Coleção Aplauso em 2006 (“A Coragem de Ser”).
Carlos Motta foi defensor de um cinema que dialogasse com o público e não panfletário, como ele dizia: “É preciso fazer filmes com temas e personagens com os quais as pessoas possam se identificar. (...) Sobre pessoas comuns que comam, durmam e vão ao banheiro”.