Dossiê grandes musas da Boca
NICOLE PUZZI
NICOLE PUZZI
Frases
“Nicole Puzzi sentia-se feliz (...). Cercada por repórteres de rádio e jornais, no hall do Cine Plaza, falava sobre o seu personagem em "Ariella". Coerente em suas declarações, desenvolvendo um raciocínio límpido”
Aramis Millarch, no “O Estado do Paraná” em 09 de outubro de 1980
“O primeiro filme que eu fiz com Nicole Puzzi, eu fiquei apaixonado por ela”
David Cardoso
Poema
Nicole lembra uma normalista
perdida num pátio de colégio
uniforme e cabelos longos
um certo charme de filme antigo
e os segredos do corpo
guardados em sete delírios noturnos
Por Diniz Gonçalves Júnior, especialmente para a Zingu!
Depoimento
Muitas são minhas lembranças cinematográficas da adolescência onde minha cinefilia estava em plena formação com descobertas marcantes a cada sessão de cinema. Uma das mais queridas e impactantes foi a da noite em que fui assistir ao filme ARIELLA, dirigido por JOHN HERBERT no finado Cine Miramar em Porto Alegre. Eu era um garoto tímido de 14 anos e logo descobri que a sombria protagonista vivendo escondida em seus medos e desejos reprimidos tinha muito a ver com o mundo em que eu próprio estava vivendo. NICOLE PUZZI era Ariella, a fantasmagórica heroína do romance de CASSANDRA RIOS que aos poucos vai descobrindo os segredos de sua família e se descobrindo como mulher nesse processo todo. Fiquei encantado com aquelas imagens muito bem elaboradas pela fotografia do ANTONIO MELIANDE e com o rosto de Nicole, com seus olhos que diziam tudo. Poucas tinham sido as atrizes até aquele momento que me disseram tanto com seu olhar. A sequência de amor entre as personagens de Nicole e Cristiane Torloni na mesa de sinuca foram um impacto arrasador para mim. Fiquei por um longo tempo com as imagens daquele filme na minha cabeça e parti em uma busca por outros filmes nacionais, principalmente os da Boca do Lixo, e todos os que Nicole participava como o maravilhoso: FILHOS E AMANTES, além de suas colaborações com o Mestre WALTER HUGO KHOURI.
De uma beleza européia, Nicole Puzzi parecia uma ninfa de Jean Rollin ou de Jesus Franco, sempre emprestando uma suave sofisticação aos filmes em que trabalhava. Mesmo em participações pequenas como em ANJOS DO ARRABALDE do CARLÃO REICHENBACH, o impacto de sua presença em cena e mais uma vez a força de seu olhar, não deixavam nenhum espectador indiferente. Recentemente a vi no híbrido WIP/NUNEXPLOITATION: ESCOLA PENAL PARA MENINAS VIOLENTADAS. Sua figura de ares europeus trouxe ao filme uma força que o remete diretamente aos clássicos europeus desses dois subgêneros. Com certeza minha formação como cinéfilo e Crítico de Cinema não teria sido a mesma se não tivesse descoberto a Ariella de Nicole Puzzi e toda filmografia relacionada que descobri a partir da saudosa sessão noturna do Cine Miramar onde meu coração pulsou mais rápido em vários momentos...
Marcelo Carrard, colaborador da Zingu!
“Nicole Puzzi sentia-se feliz (...). Cercada por repórteres de rádio e jornais, no hall do Cine Plaza, falava sobre o seu personagem em "Ariella". Coerente em suas declarações, desenvolvendo um raciocínio límpido”
Aramis Millarch, no “O Estado do Paraná” em 09 de outubro de 1980
“O primeiro filme que eu fiz com Nicole Puzzi, eu fiquei apaixonado por ela”
David Cardoso
Poema
Nicole lembra uma normalista
perdida num pátio de colégio
uniforme e cabelos longos
um certo charme de filme antigo
e os segredos do corpo
guardados em sete delírios noturnos
Por Diniz Gonçalves Júnior, especialmente para a Zingu!
Depoimento
Muitas são minhas lembranças cinematográficas da adolescência onde minha cinefilia estava em plena formação com descobertas marcantes a cada sessão de cinema. Uma das mais queridas e impactantes foi a da noite em que fui assistir ao filme ARIELLA, dirigido por JOHN HERBERT no finado Cine Miramar em Porto Alegre. Eu era um garoto tímido de 14 anos e logo descobri que a sombria protagonista vivendo escondida em seus medos e desejos reprimidos tinha muito a ver com o mundo em que eu próprio estava vivendo. NICOLE PUZZI era Ariella, a fantasmagórica heroína do romance de CASSANDRA RIOS que aos poucos vai descobrindo os segredos de sua família e se descobrindo como mulher nesse processo todo. Fiquei encantado com aquelas imagens muito bem elaboradas pela fotografia do ANTONIO MELIANDE e com o rosto de Nicole, com seus olhos que diziam tudo. Poucas tinham sido as atrizes até aquele momento que me disseram tanto com seu olhar. A sequência de amor entre as personagens de Nicole e Cristiane Torloni na mesa de sinuca foram um impacto arrasador para mim. Fiquei por um longo tempo com as imagens daquele filme na minha cabeça e parti em uma busca por outros filmes nacionais, principalmente os da Boca do Lixo, e todos os que Nicole participava como o maravilhoso: FILHOS E AMANTES, além de suas colaborações com o Mestre WALTER HUGO KHOURI.
De uma beleza européia, Nicole Puzzi parecia uma ninfa de Jean Rollin ou de Jesus Franco, sempre emprestando uma suave sofisticação aos filmes em que trabalhava. Mesmo em participações pequenas como em ANJOS DO ARRABALDE do CARLÃO REICHENBACH, o impacto de sua presença em cena e mais uma vez a força de seu olhar, não deixavam nenhum espectador indiferente. Recentemente a vi no híbrido WIP/NUNEXPLOITATION: ESCOLA PENAL PARA MENINAS VIOLENTADAS. Sua figura de ares europeus trouxe ao filme uma força que o remete diretamente aos clássicos europeus desses dois subgêneros. Com certeza minha formação como cinéfilo e Crítico de Cinema não teria sido a mesma se não tivesse descoberto a Ariella de Nicole Puzzi e toda filmografia relacionada que descobri a partir da saudosa sessão noturna do Cine Miramar onde meu coração pulsou mais rápido em vários momentos...
Marcelo Carrard, colaborador da Zingu!