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Coluna CINEMA Extremo
ONDE O CINEMA PODE SER VIOLENTO...

Por Marcelo Carrard

Guinea Pig
Direção: Hideshi Hino
Za ginipiggu, Japão.

Resolvi comentar brevemente minhas observações sobre a clássica série Japa: GUINEA PIG, que revi essa semana em condições de imagem decentes. Dos sete episódios, seis oficiais, salvam-se realmente dois: FLOWERS OF FLESH AND BLOOD e MERMAID IN A MANHOLE, duas obras que conseguem elevar o grotesco ao patamar do sublime e ao mesmo tempo deleitam os amantes do GORE extremo.

Em FLOWERS me chamaram atenção o clima, a atmosfera do filme de 1985 que tem um charme retro bem anos 70. O protagonista é uma figura meio samurai e meio Da rth Vader e suas obsessões estéticas se manifestam na mutilação de corpos executadas em fases divididas pela utilização de uma tensão cromática específica para cada momento da construção ritualística de sua mulher que trafega pelos mais profundos abismos da sexualidade mórbida. Vermelho, verde, azul até chegar ao branco, cada luz ilumina uma parte mutilada cirurgicamente do corpo de uma jovem anestesiada. O branco culmina com a sequência de eyeball mais absurda e extrema de todos os tempos, na minha modesta opinião, é claro. Uma obra de arte extrema, um Clássico do Cinema Extremo, obrigatório para fãs e cinéfilos de mente aberta para mergulhos mais profundos...

MERMAID já introduz a pirotecnia gore da série um elemento Fantástico narrando o encontro de um pintor com uma sereia, sua obsessão de infância. A beleza da atriz que interpreta a sereia aos poucos se dissolve num mar de gosmas, vísceras e sangue, além de outros elementos bizarros p ois afinal ela é uma sereia e está morrendo. Fabuloso, extremo e tão sanguinolento quanto FLOWERS OF FLESH AND BLOOD, o episódio da sereia mais uma vez trabalha as obsessões do corpo, a arte, a necrofilia, o grotesco de maneira brilhante, mais um Clássico do Cinema Extremo sem dúvida.




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