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Dossiê Cinema de Bordas

Gore Gore Gays
Direção: Petter Baiestorf
Brasil, 1998

Por João Pires Neto

Mistura enlouquecida e nada sutil de pornô e gore, com direito a um cardápio bem variado: escatologia, coprofagia, necrofilia, mutilações, violência generalizada, masturbação, sadomasoquismo e outras dezenas de substantivos extraídos da mente doentia de Petter Baiestorf, que seleciona como alvo da vez os puritanos e homofóbicos de plantão.

Na trama, dois homossexuais se transformam em assassinos e necrófilos, após um deles cortar o pênis fora. Sem poupar ninguém, o anárquico cineasta catarinense realiza um de seus filmes mais extremos e incômodos, já que é quase impossível escapar ileso e indiferente à sexualidade exacerbada e explícita de Gore Gore Gays.

Transgredir, chocar e ridicularizar com tudo e com todos – este era o lema da chamada “Fase 98”, quando o polêmico Baiestorf e seus amigos resolveram rodar filmes únicos na filmografia brasileira. Fazem parte desta fase, além do Gore Gore Gays: Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos, Deus – o Matador de Sementinhas e Boi Bom.



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