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Dossiê José Mojica Marins

Entrevista com José Mojica Marins

Por Gabriel Carneiro, Raphael Carneiro e Stefanie Gaspar
Fotos: Gabriel Carneiro

Dia 09 de agosto de 2008. Um dia depois da estréia de Encarnação do Demônio, fomos conversar com José Mojica Marins. A entrevista estava marcada para às 15h. Chegamos no local às 14h30, e Mojica já estava na porta de seu prédio, ao lado do local marcado, o Bar Steidel - um boteco de quinta, como manda o figurino.

O local já foi uma viagem pela carreira do cineasta. Ao lado dele estavam Mário Lima, parceiro de longa data de Mojica, e a assessora de imprensa do Encarnação do Demônio, Daia Leide. Passou por lá, além de filhos e netos, a ex-esposa e parceira das antigas, Nilcemar Leyart. Diferentes gerações que de alguma forma colaboraram com Mojica.

O cineasta pediu-nos para esperar até o horário marcado, para se recuperar das duas entrevistas anteriores. Os dias estavam corridos. Eram dias esperançosos. Toda a mídia estava dando Encarnação do Demônio, o retorno triunfante de Zé do Caixão. Nós seríamos a terceira entrevista do dia, logo após gravação de retratação do CQC (aliás, o vídeo pode ser encontrado no site MaisBand).

O tempo infelizmente foi mais curto do que gostaríamos. Mojica é corinthiano roxo (assim como a camiseta) e em breve começaria outra partida. Não negaríamos esse merecido descanso.

O sujeito é de uma simpatia só, mesmo que com o excesso de aparição na mídia tenha feito com que parte de seu discurso se uniformizasse. Após, é claro, que não teve outra: fotos e autógrafos.

Uma das coisas mais impressionantes, porém, foi o que nos disse logo que chegou. “Está vendo aquele prédio ali [apontando para um galpão abandonado, a três ou quatros prédios de distância]? Dependendo de como for o filme, quero comprar, reformar e abrir um cinema popular, de rua, como nos velhos tempos, e cobrar um ou dois reais, para o pessoal poder assistir filmes no cinema de novo. Vai ser legal!” Espero, realmente, que essa empreitada do mestre funcione, melhor ainda se se transformasse num cinema popular para filmes brasileiros feitos ali no centrão de São Paulo, e claro, com filmes dele. (GC)

Entrevista dividida em três partes:

Parte 1: 50 Anos de Carreira

Parte 2: Encarnação do Demônio

Parte 3: Mojica e o futuro



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